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16/04 -Nossos onze meses



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Começo esse lindo mês com uma linda revelação: nosso pequeno consegue dar os seus dois primeiros passos nesse mundo. Ontem, um dia antes de completar o seu décimo primeiro mês, ele nos presenteia com essa linda conquista.  Estávamos no início da noite todos na sala, ele brincava com a avó como nunca, muito risonho. E numa dessas brincadeiras, a avó (que estava sentada no chão) coloca ele de pé e põe a mamadeira na cabeça e diz: “vem pegar”, ele abriu os braços em direção a ela e assim arriscou o seus lindos passinhos. No mesmo instante, Eu e o Edu arregalamos os olhos e colocamos a mão na boca, estávamos perplexos.  Caetano logo nos olhou, riu como nunca, até pareceu que se deu conta do acontecido. Foi uma emoção indescritível. As lágrimas rolaram. Minha sogra não se continha em risos, eu fiquei extasiada, sem reação, paralisada. Agora o nosso bebê já ensaia ver o mundo de outra maneira. O meu bebê que já está deixando de ser o bebê e arriscando-se nessa vida de adultos... “O mundo te espera meu filho, verá como ele é bom, nele você terá muitos momentos especiais, aprenderá como é bom estar na companhia de pessoas que amamos. Não tenha medo! Todos nós estaremos ao seu lado, vibrando pelas suas conquistas e oferecendo todo o amor que precisar. Voe como pássaro, sinta todo o ar, toda a energia desse universo. Que esse mais novo voo mostre-lhe toda a beleza que é viver. Estamos muito orgulhosos de você nesse dia dos seus primeiros passos!!”

 Nosso pequeno completa onze meses e nem posso acreditar que só faltam apenas um mês para o “picurrucho” completar o seu primeiro aninho de vida. Quando escutava que “curta porque tudo passa rápido”, é fato! Loucura mesmo! Parece que as velocidades dos acontecimentos chegam mesmo a me atormentar.
Minha maior alegria aconteceu, começo o doutorado com a alegria da notícia da bolsa de doutorado. Meu sufoco, minhas angustias de estar trabalhando separada do meu filho tiveram finalmente um final feliz. Agora sou inteira do Caetano e posso alegrar-me de poder acompanhá-lo nessas descobertas, senti-me a mãe mais feliz do mundo! São quatro anos que tenho a certeza dessa paz de poder sentir-me realizada fazendo minha pesquisa e estando com o pequenino.
Meu pequeno está cada dia mais lindo (sei que parece redundante, mas eu não me canso de afirmar). Nesses dois meses ele já aprendeu a se comunicar (ou eu estou entendo bem melhor). Seu mundo virou o “encantado mundo dos bichos”, gatos, cachorros, passarinhos, qualquer bicho é “au-au”, até a respiração rápida do cachorro ele imita.
Emite o som perfeitamente dos carros “Bruummmm”, por sinal adora eles. Começou com a motoca (que ganhou pela titia- avó Aninha) e adora passear com o nosso carro. As motos enlouquecem o menino, não pode ver que logo se atira para acompanhar o movimento – para arrepio da mãe que morre de medo de velocidade!


Caetano está um foguete, a mil mesmo. Minhas costas já dão sinal de todo o cansaço do sobe, desce, pega, empurra, uma verdadeira loucura essa maratona.
Ele se revelou muito explorador de todos os ambientes. Não consigo piscar os olhos da criatura e cada dia torna-se mais engraçado: são muitas carinhas e caretas. 
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 Caetano é sorridente, um tanto genioso, dançarino, criança feliz mesmo (ao menos é o que sinto). Ele acorda e já não dá trégua, sai correndo vai para a janela e quer que eu a abra. Ele adora olhar o dia, as árvores do fundo do meu quintal. Abre sempre um dá um sorriso, levanta os braços (simboliza nosso bom dia Vida), ele procura os bichos, aponta para o céu, para as árvores. 
Tem uma energia que não sei do onde ele tira. No final do dia fico com a “língua de fora” literalmente, implorando um “socorro!”. Bom, dizem que mães emagrecem nessa fase pelo corre-corre, é o que eu percebo. Minha vontade por doces tem aumentado, estou precisando de muita energiaaaa!!!
Compramos uma cadeirinha para fazer das nossas refeições uma alegria. Sempre tenho lembranças desses momentos da minha infância, na casa da minha avó. Eu tinha uma cadeirinha de palha e adorava sentar com todos para almoçar, era um encontro sempre muito familiar. Quis repetir tais momentos com o nosso pequeno. Agora fazemos questão de almoçar todos juntos e está sendo muito bom.
Caetano está cada dia descobrindo mais comidas, gostos sem fim... Adora brócolis, suco de ameixa preta, abacate, melão e não me pode ver comendo um pão integral que logo se atira para comer uns migalhos.  Ainda continua com dificuldades de regularizar o seu intestino, este parece ser bem preguiçoso.
Por vezes, curtimos nossa caminha, bagunçamos, rolamos, brincamos com cobertores, brincadeiras que ele adora. Também continua seu interesse por histórias, adora folhar os livros e “pegar” as figuras.
Fomos visitar a titia e a vovó em outra cidade, passamos um longo feriadão curtindo e recarregando nossas energias com pessoas que tanto amamos. Caetano adora estar com a família, brinca muito, é bem paparicado e amado por todos. Sinto muito orgulho de ser a mãe de uma pedrinha rara que alegra a vida de tantos. 
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 Caetano continua adorando músicas, já pisca, manda beijos, bate palma, dá tchau por tudo (principalmente quando vê o pai pegando o canguru – ele trata de largar tudo e correr para o colo porque já sabe que tem um passeio bom).
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Em falar em pai, cada dia percebo que a cumplicidade entre os dois ganha mais força. Para falar a verdade, acho que Caetano nos ensina a ser Pai e Mãe.
Com o início dos meus estudos, começou uma maratona um tanto cansativa (eu já esperava). Caetano não dá trégua durante o dia, seu soninho é curto o que dificulta qualquer tentativa de estudo. Dessa forma, só me restam as madrugadas adentro... É o que eu tenho tentado, mas confesso que dormir quatro horas por dia é difícil. Também tenho tentado fazer algumas coisas com ele, mas percebo que ainda estou engatinhando nesse quesito porque é difícil... Nas aulas, Caetano fica com papai que destina esse tempo para dar uns passeios pela universidade enquanto me aguarda. 
Caetano já aponta para as coisas que quer e estamos no seu sétimo dente – apenas esse último pareceu incomodar mais. Ele tem acordado reclamando, fica mais irritado, lasca mais os afiados dentes em mim, morde mais o dedo, enfim, parece que a coisa está mais chata dessa vez.
Não posso deixa de escrever acerca do nosso elo indescritível durante as mamadas, é cada vez mais prazeroso estar alimentando ele. Agora o danado anda descobrindo algumas partes do meu corpo (boca, nariz, orelha), adora brincar com um pequeno brinco que uso. Continua fazendo carinho nas minhas costas, adora pegar no meu cabelo; este momento está sendo cada vez mais especial. Uma das coisas que ando observando é que dormimos sempre junto, temos uma louca sintonia. Parece que minha respiração acalma-se e quando meu sono chega, logo percebo que o moleque está indo junto. Dou aquele cochilo sentada junto com ele – parece bobo, mas prova o quanto precisamos estar em sintonia total.
Para falar a verdade essa fase tem sido maravilhosa – todas são é fato, mas essa em especial tenho me descoberto também como criança. Volta tantas lembranças da minha infância, lindas por sinal. E quando me vejo já estou virada em criança com o danado. Tenho descoberto mais a alegria da vida, a beleza das coisas simples, a plenitude do apenas compartilhar momentos juntos, de darmos boas risadas. Posso dizer que estou vivendo uma intensidade sem trégua. E assim estou curtindo e amando essa maternidade que já me toma por completa!


Voltando a ativa: de Nove aos Onze Meses

Ausente, mas presente... Eis eu aqui novamente depois de tanto tempo nesse silêncio...
Pois é, minha vida deu algumas voltas malucas, muitos acontecimentos e, assim,  volto para nosso blog com muito para falar. Nesse tempo, havia até mesmo escrito “nossos nove meses”, mas o texto ficou ali guardado, escondido, esperando acabamento que nunca chegou. O tempo passou e agora o menino já está com onze meses e eu tenho ainda mais do que falar nesse espaço. Pois é, retalhos que viraram uma linda colcha. E o texto está aí... Três meses escritos em dois textos para não perder nenhum detalhe desses momentos.  Então lá vai...



Meu pequeno Caetano Agora com nove meses

Foto de Rogério Caldeira


Olhar para o seu rostinho e já ver que ele está com nove meses é tudo muito estranho. A rapidez das coisas me assusta e faz exigir de mim uma intensidade jamais sentida. É preciso não piscar os olhos, é preciso estar atenta aos mínimos detalhes da plenitude dessa pequena vida que agora já não é tão pequena.
Caetano completa nove meses e eu ainda continuo me sentindo insegura para tudo que vem, será que dou conta? Será que vou saber educá-lo? Será? Será? E quando olho para seu rosto e vejo um sorriso estampado, um olhar cativante, um ser ímpar, concluo que estou dando conta do recado. Caetano é um garoto de muita paz, observador sem fronteiras, tem uma alma ritmada, seu corpo e seu ser pulsam uma música, é lindo de ver...
Nesses nove meses temos um pequeno agora engatinhando como nunca, iniciaram com pequenos passos, singelas tentativas, até que numa conversa ao telefone gritei: “mãe, Caetano está engatinhando (foi a primeira vez que percebi que o pequeno fez um longo percurso até os meus pés), ela, do outro lado da linha, disse-me: “que presente para sua avó”, lágrimas rolaram dos meus olhos e uma felicidade estampada na minha alma,  não me continha em ver nosso pequeno agora ali de baixo dos meus pés me anunciando que “ - agora sim mamãe, o mundo é meu”. 
 Ele não quer apenas engatinhar, já se escala nos móveis e se aventura com novas descobertas, tentativas de abrir pequenas gavetas, de agarrar objetos em cima de móveis, e tudo que o seu olhar alcançar e seu pequeno corpo permitir.
 
 O tamanho das aventuras é do tamanho dos tombos que vem levando, alguns que nem sequer conseguimos chegar a tempo, outros que passam despercebidos e assim segue a vida. Tivemos alguns sustos: um afogamento com um pino de uma bolinha de borracha que ele conseguiu tirar, bem como uma queda da cama que me tirou do eixo.
Sinto que o pequeno está numa nova fase muito peculiar. Está num elo indescritível comigo. Sinto que nesse mês têm necessitado muito de mim, pede mais colo, quer mais peito, quer slingar mais, implora para ficar o tempo todo comigo. Às vezes a coisa fica até mesmo sufocante, mal consigo tomar banho, comer e fazer xixi. Acho que o instante coincidiu com o meu retorno ao trabalho. Voltamos àquela maratona diária um tanto maluca e cansativa. Acordo 5:30 da manhã para coletar leite e deixar estocado ao pequeno, tomo café, e corro dar de mama ao pequeno, corro ao trabalho. Na hora do almoço temos 40 minutos para tirar leite, dar de mamar e correr para outra escola. E assim estamos tocando. Caetano agora fica com o pai e num único dia (meio período) com minha sogrinha. Para falar a verdade percebo novamente o quanto tem sido bom para a vó cuidar do picurrucho, ela se sente muito bem e feliz. Mas, confesso que essa rotina tem sido muito difícil e já estou no meu limite. Amo o que faço, adoro estar com as crianças, elas me acalmam, porém é insuportável imaginar minha cria em casa esperando por mim. Isso me arrebenta o coração O que posso fazer? Vou indo nessa praia até a bolsa de doutorado chegar, para falar a verdade não vejo a hora, conto as semanas, preciso acalmar meu coração... E imaginar que é nesse instante que ele precisa de mim, esse mês não voltará nunca mais, é assim um lamento diário. Não consigo nem mais falar com as pessoas ao meu redor, acho que devem pensar “o disco está riscado Julia, são poucos dias”, mas cada hora é insustentável e pareço que vou implodir.
Sei que as coisas vão ficar apertadas aqui em casa para conciliar com os estudos, mas dou meu sangue para poder estar com ele ao meu redor!


Ceatano parece agora sentir todos os benefícios da água.  A paz do mar parece alegrar o seu espírito de criança que brinca saltitante, experimentando (inclusive o sabor) dos grãos da área, percorre o espaço da praia sem medo como se o espaço fosse muito íntimo. Sem medo nenhum do mar, agarra na minha mão e caminha em direção a ele, seus pequenos passos deleitam-se com a calmaria que o mar traz.  

Ceatano adora escutar música, faz alguns olhares específicos, adora um samba e dançar!
Tem quem puxar esse menino!...

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