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Voltando a ativa: de Nove aos Onze Meses


Ausente, mas presente... Eis eu aqui novamente depois de tanto tempo nesse silêncio...
Pois é, minha vida deu algumas voltas malucas, muitos acontecimentos e, assim,  volto para nosso blog com muito para falar. Nesse tempo, havia até mesmo escrito “nossos nove meses”, mas o texto ficou ali guardado, escondido, esperando acabamento que nunca chegou. O tempo passou e agora o menino já está com onze meses e eu tenho ainda mais do que falar nesse espaço. Pois é, retalhos que viraram uma linda colcha. E o texto está aí... Três meses escritos em dois textos para não perder nenhum detalhe desses momentos.  Então lá vai...



Meu pequeno Caetano Agora com nove meses

Foto de Rogério Caldeira


Olhar para o seu rostinho e já ver que ele está com nove meses é tudo muito estranho. A rapidez das coisas me assusta e faz exigir de mim uma intensidade jamais sentida. É preciso não piscar os olhos, é preciso estar atenta aos mínimos detalhes da plenitude dessa pequena vida que agora já não é tão pequena.
Caetano completa nove meses e eu ainda continuo me sentindo insegura para tudo que vem, será que dou conta? Será que vou saber educá-lo? Será? Será? E quando olho para seu rosto e vejo um sorriso estampado, um olhar cativante, um ser ímpar, concluo que estou dando conta do recado. Caetano é um garoto de muita paz, observador sem fronteiras, tem uma alma ritmada, seu corpo e seu ser pulsam uma música, é lindo de ver...
Nesses nove meses temos um pequeno agora engatinhando como nunca, iniciaram com pequenos passos, singelas tentativas, até que numa conversa ao telefone gritei: “mãe, Caetano está engatinhando (foi a primeira vez que percebi que o pequeno fez um longo percurso até os meus pés), ela, do outro lado da linha, disse-me: “que presente para sua avó”, lágrimas rolaram dos meus olhos e uma felicidade estampada na minha alma,  não me continha em ver nosso pequeno agora ali de baixo dos meus pés me anunciando que “ - agora sim mamãe, o mundo é meu”. 
 Ele não quer apenas engatinhar, já se escala nos móveis e se aventura com novas descobertas, tentativas de abrir pequenas gavetas, de agarrar objetos em cima de móveis, e tudo que o seu olhar alcançar e seu pequeno corpo permitir.
 
 O tamanho das aventuras é do tamanho dos tombos que vem levando, alguns que nem sequer conseguimos chegar a tempo, outros que passam despercebidos e assim segue a vida. Tivemos alguns sustos: um afogamento com um pino de uma bolinha de borracha que ele conseguiu tirar, bem como uma queda da cama que me tirou do eixo.
Sinto que o pequeno está numa nova fase muito peculiar. Está num elo indescritível comigo. Sinto que nesse mês têm necessitado muito de mim, pede mais colo, quer mais peito, quer slingar mais, implora para ficar o tempo todo comigo. Às vezes a coisa fica até mesmo sufocante, mal consigo tomar banho, comer e fazer xixi. Acho que o instante coincidiu com o meu retorno ao trabalho. Voltamos àquela maratona diária um tanto maluca e cansativa. Acordo 5:30 da manhã para coletar leite e deixar estocado ao pequeno, tomo café, e corro dar de mama ao pequeno, corro ao trabalho. Na hora do almoço temos 40 minutos para tirar leite, dar de mamar e correr para outra escola. E assim estamos tocando. Caetano agora fica com o pai e num único dia (meio período) com minha sogrinha. Para falar a verdade percebo novamente o quanto tem sido bom para a vó cuidar do picurrucho, ela se sente muito bem e feliz. Mas, confesso que essa rotina tem sido muito difícil e já estou no meu limite. Amo o que faço, adoro estar com as crianças, elas me acalmam, porém é insuportável imaginar minha cria em casa esperando por mim. Isso me arrebenta o coração O que posso fazer? Vou indo nessa praia até a bolsa de doutorado chegar, para falar a verdade não vejo a hora, conto as semanas, preciso acalmar meu coração... E imaginar que é nesse instante que ele precisa de mim, esse mês não voltará nunca mais, é assim um lamento diário. Não consigo nem mais falar com as pessoas ao meu redor, acho que devem pensar “o disco está riscado Julia, são poucos dias”, mas cada hora é insustentável e pareço que vou implodir.
Sei que as coisas vão ficar apertadas aqui em casa para conciliar com os estudos, mas dou meu sangue para poder estar com ele ao meu redor!


Ceatano parece agora sentir todos os benefícios da água.  A paz do mar parece alegrar o seu espírito de criança que brinca saltitante, experimentando (inclusive o sabor) dos grãos da área, percorre o espaço da praia sem medo como se o espaço fosse muito íntimo. Sem medo nenhum do mar, agarra na minha mão e caminha em direção a ele, seus pequenos passos deleitam-se com a calmaria que o mar traz.  

Ceatano adora escutar música, faz alguns olhares específicos, adora um samba e dançar!
Tem quem puxar esse menino!...

1 Fazer Comentários:

Julia disse...

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beijinhos
Julia

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