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Meu pequeno amor agora com três meses



Caetano acabou de dormir e meu dia não poderia passar sem esse registro do seu terceiro mês. Nesse mês, Caetano Terra tem nos trazido muitas surpresas: juro que vou tentar lembrar de registrar todas aqui.
Seu tamanho e seu peso aumentaram significativamente. Convivo agora com minhas dores nas costas, resultado dos seus já passados sete quilos. Certa noite, estava olhando ele no Moisés (que fica ao lado da nossa cama),  quando vi que, ao se mexer, todo o moisés entortava; era fato, não cabia mais naquela caminha. Daí veio a indecisão, o que fazer? Transferir o berço do quartinho dele? Comprar outro colchão só para ele? Resultado: fazem alguns dias que Cae está em nossa cama. Tem sido muito engraçado e gostoso. Nossa cama é pequena e sempre estamos nos encolhendo, pois o danado se esparrama...
Esse mês que passou foi muito importante. Minha mãe voltou para a cidade dela e, agora sim, só ficamos nós três. Confesso que no início morri de medo, afinal, sempre é bom poder compartilhar ajuda, dicas. Mas, aos poucos, fui dando conta e o mais importante: estamos a cada dia nos descobrindo mais. Uma forte sintonia se acendeu, já identifico mais coisas: seu olhar de sono, quando quer papear, quando está com dor, etc. O meu marido voltou a trabalhar, agora eu e o Caetano passamos o dia juntos, descobrindo essa maternagem que tanta gente fala. Pela manhã, ele sempre é muito disposto, sorridente, falador e brincalhão. Conversamos, tomamos nosso sol matinal, cadeira de balanço, alguns minutos no berço com os bichos, brincando e falando, pronto!O soninho já toma conta.
Esses dias conseguimos ficar por um longo tempo no bebê conforto, conseguimos até cozinhar com ele dando dicas do que fazer (é claro), é sempre assim, só consigo fazer as coisas papeando com ele.
Outra descoberta: Adora um soninho com músicas do Jack Johnson (acho que a mãe viu muitos vídeos de parto que tinham essa trilha). Ele dorme dançando comigo!
Durante as tardes buscamos sempre dar uma voltinha, slingando por aí... Descobrimos novas posições com o sling, também descobrimos que é possível conversar com os pássaros.
Continuamos com o nosso banho de balde...
Também nesse mês, Caetano teve sua primeira febre por conta das vacinas. Tentei não me desesperar, mas confesso que me senti culpada, afinal ele estava tão bem... Bom, o fato é que tive minha primeira experiência em tomar decisões nessas circunstâncias. Deixei que o corpo do Caetano respondesse, não quis optar pela medicação imediata. E tudo se resolveu sozinho, na hora em que o corpo do Caetano se equilibrou. Aprendi que febre nem sempre é um mau sinal!
Mas, a marquinha registrada que não podemos deixar de contar: num dia de banho, Caetano resolve olhar para o Du e soltar uma breve gargalhada, mas imediatamente assustou-se (não sei se com o meu sorriso ou com o próprio som da sua risada), resultado: um choro sentido. Ficamos na expectativa de outras gargalhadas, mas nada... No dia dos pais, ele resolve presentear o Du e minha sogra com tal gargalhada, agora com duração maior. IMAGINEM: FOI UM PRESENTÃO DE DIA DOS PAIS. No dia seguinte, foi a minha vez de vivenciar tal momento. Estava com ele na minha cama perguntando: “você me ama?”, quando ele simplesmente solta a linda gargalhada. Não me contive em choro...
E assim agradeço todos os 90 dias que estamos ao lado dele. Cada dia mais somos pegos pela imensidão do seu amor, somos arrebatados e quando percebemos já estamos apaixonado pela sua existência. Como tem sido bom poder vivenciar cada instante, cada momento ao seu lado. Cada sorriso é compensador, cada choro é um jeito diferente de me ensinar a ser mãe. Como é bom vê-lo entregar-se em meus braços, para o meu acalanto e minha proteção. O seu olhar fixo no meu revela o tamanho do nosso amor!
Que bom que escolheu esse mundo, essa família e a mim nessa maternagem. Obrigada meu pequeno anjo pela sua presença e pelo seu AMOR! Te amo!

Amamentar, por quê?



 Hoje, último dia da semana em prol da amamentação e eu não podia deixar de dizer um pouco acerca de como tem sido minha experiência de mãe.
Por muito tempo escutei a importância de se amamentar, dos benefícios, sobretudo, da saúde que o bebê recebe ao ser alimentado no peito. Mas, posso dizer que, com quase três meses, Caetano tem muito me ensinado acerca do assunto.
Temos tido uma experiência que nos marca diariamente nesse momento. Amamentar para nós tem sido o NOSSO MOMENTO. Seus gestos sempre denunciam quando ele deseja que estejamos para isso. Um olhar, uma boca que sutilmente se vira e um som estalante que ele emite. Ao ver isso, tudo é grandioso, sei o quanto estamos em um ELO jamais sentido. É sobre esse Elo que desejo escrever um pouco. Sim, amamentar traz saúde para meu Caetano, mas, sobretudo, acalanta o nosso Ser. Percebo que amamentar é acima de tudo esse ENCONTRO, eu sei que posso oferecer esse aconchego e ele sabe quando e como recorrer a ele. Ah, como é bom sentir sua mão que ora cobre o seu olho como quem está prestes a dormir, ora fica acariciando as minhas costas. Como tem sido emocionante poder ver o seu prazer: ele assim que pega o peito, modifica a sua sobrancelha que se eleva juntamente com um som gemido como quem diz “como é bom estar aqui”. Ou quando os seus olhos logo fecham e apenas se tem os movimentos das suas bochechas num livre sugar. Ah, e quando somos pegos pelo cansaço? Eu, que não me canso de olhá-lo, vou sendo tomada pelo seu prazer de estar ali comigo e quando vejo já estamos num sono repousante...
Pena que eu quando bebê não pude experienciar isso. Ao nascer minha mãe conta que fui levada pelas enfermeiras e, ao retornar, cheguei pronta e, pasmem: haviam me dado chá de camomila. Conclusão: mesmo minha mãe querendo muito, não conseguiu amamentar. Vi também o sofrimento da minha irmã e do seu desejo de fazer uma amamentação exclusiva com meu sobrinho, o que não conseguiu. Sinto muito feliz em ser abençoada nesse aspecto. Caetano sempre mamou e muito no peito. Mas, sei da importância do total apoio dos familiares neste instante. Vi nos olhos do meu marido, da minha mãe e da minha irmã a pura alegria de nos ver: eu com peitos fartos e o Caetano faminto de amor!
Agora sim, posso dizer que as minhas referências do por que amamentar transformaram-se. Sei o quanto esse momento é insubstituível, o quanto esse instante nos possibilita conhecer um pouco das nossas crias e de nós mesmos. É neste instante que me sinto a mãe mais leoa e amorosa ao mesmo tempo. Um dia escutei da minha prima que se ela não amamentasse o pequeno filho, sentiria-se incompleta, pois amamentar era o instante em que ela não era substituída. Ela me disse “- mamadeira todos podem dar, peito apenas eu”. Foram palavras que me tocaram, meditei sobre isso por vários dias. SER INSUBSTITUÍVEL, isso é profundo demais. E posso dizer que isso ocorre mesmo, e é porque estamos diante do nosso BELO ENCONTRO. Um momento em que mãe e filho unem-se na certeza que é nesse movimento que alimentamos a própria VIDA.
Lembro também de uma mãe no Núcleo de Desenvolvimento Infantil dizer que queria deixar a cria no período integral, mas que o único empecilho era que ela ainda mamava no peito. Disse também que tiraria, pois o médico disse que não tem motivo a criança mamar por mais de um ano. Volto a pergunta: por que amamentar? É preciso que possamos transcender em achar que amamentação supre apenas questões nutricionais (sim, porque depois de um ano posso alimentá-lo de outras maneiras), mas, que possamos entender que esse instante traz, sobretudo, os níveis calóricos de AMOR; sim amamentar é abrir espaço para que o AMOR ACONTEÇA. É nesse espaço que quero estar com Caetano!
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