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Amamentar, por quê?



 Hoje, último dia da semana em prol da amamentação e eu não podia deixar de dizer um pouco acerca de como tem sido minha experiência de mãe.
Por muito tempo escutei a importância de se amamentar, dos benefícios, sobretudo, da saúde que o bebê recebe ao ser alimentado no peito. Mas, posso dizer que, com quase três meses, Caetano tem muito me ensinado acerca do assunto.
Temos tido uma experiência que nos marca diariamente nesse momento. Amamentar para nós tem sido o NOSSO MOMENTO. Seus gestos sempre denunciam quando ele deseja que estejamos para isso. Um olhar, uma boca que sutilmente se vira e um som estalante que ele emite. Ao ver isso, tudo é grandioso, sei o quanto estamos em um ELO jamais sentido. É sobre esse Elo que desejo escrever um pouco. Sim, amamentar traz saúde para meu Caetano, mas, sobretudo, acalanta o nosso Ser. Percebo que amamentar é acima de tudo esse ENCONTRO, eu sei que posso oferecer esse aconchego e ele sabe quando e como recorrer a ele. Ah, como é bom sentir sua mão que ora cobre o seu olho como quem está prestes a dormir, ora fica acariciando as minhas costas. Como tem sido emocionante poder ver o seu prazer: ele assim que pega o peito, modifica a sua sobrancelha que se eleva juntamente com um som gemido como quem diz “como é bom estar aqui”. Ou quando os seus olhos logo fecham e apenas se tem os movimentos das suas bochechas num livre sugar. Ah, e quando somos pegos pelo cansaço? Eu, que não me canso de olhá-lo, vou sendo tomada pelo seu prazer de estar ali comigo e quando vejo já estamos num sono repousante...
Pena que eu quando bebê não pude experienciar isso. Ao nascer minha mãe conta que fui levada pelas enfermeiras e, ao retornar, cheguei pronta e, pasmem: haviam me dado chá de camomila. Conclusão: mesmo minha mãe querendo muito, não conseguiu amamentar. Vi também o sofrimento da minha irmã e do seu desejo de fazer uma amamentação exclusiva com meu sobrinho, o que não conseguiu. Sinto muito feliz em ser abençoada nesse aspecto. Caetano sempre mamou e muito no peito. Mas, sei da importância do total apoio dos familiares neste instante. Vi nos olhos do meu marido, da minha mãe e da minha irmã a pura alegria de nos ver: eu com peitos fartos e o Caetano faminto de amor!
Agora sim, posso dizer que as minhas referências do por que amamentar transformaram-se. Sei o quanto esse momento é insubstituível, o quanto esse instante nos possibilita conhecer um pouco das nossas crias e de nós mesmos. É neste instante que me sinto a mãe mais leoa e amorosa ao mesmo tempo. Um dia escutei da minha prima que se ela não amamentasse o pequeno filho, sentiria-se incompleta, pois amamentar era o instante em que ela não era substituída. Ela me disse “- mamadeira todos podem dar, peito apenas eu”. Foram palavras que me tocaram, meditei sobre isso por vários dias. SER INSUBSTITUÍVEL, isso é profundo demais. E posso dizer que isso ocorre mesmo, e é porque estamos diante do nosso BELO ENCONTRO. Um momento em que mãe e filho unem-se na certeza que é nesse movimento que alimentamos a própria VIDA.
Lembro também de uma mãe no Núcleo de Desenvolvimento Infantil dizer que queria deixar a cria no período integral, mas que o único empecilho era que ela ainda mamava no peito. Disse também que tiraria, pois o médico disse que não tem motivo a criança mamar por mais de um ano. Volto a pergunta: por que amamentar? É preciso que possamos transcender em achar que amamentação supre apenas questões nutricionais (sim, porque depois de um ano posso alimentá-lo de outras maneiras), mas, que possamos entender que esse instante traz, sobretudo, os níveis calóricos de AMOR; sim amamentar é abrir espaço para que o AMOR ACONTEÇA. É nesse espaço que quero estar com Caetano!

1 Fazer Comentários:

Anônimo disse...

coincidências boas essas da maternagem...já viu meu http://caetaneando.wordpress.com ?
bjkz vcs!

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